quinta-feira, 8 de setembro de 2016

...parte de muitos minutos nos últimos tempos...

Comecei a fisioterapia dia 1 de Setembro, devia ter começado há mais tempo. Mas as férias (baixa) na Ericeira estavam a saber muito bem. Foi bom pois saia todos os dias e via o mar, apanhava sol mesmo vestida na esplanada, foi as férias possíveis deste ano. A minha evolução foi mais lenta do que esperava,  talvez porque eu sou demasiado impaciente. No entanto hoje passado já uma semana de fisioterapia reconheço que estou mais solta, e dou passos no sentido da minha recuperação total. comecei a conduzir dia 2 de Setembro, e senti a minha independência a voltar. Ontem fui à fisioterapia já só com uma canadiana,  embora tenha de andar um bocado pois não existe local de estacionamento perto.
Estacionamento, outro grande problema, pois como esta cirurgia tem mais ou menos 2 meses de recuperação, não se tem direito a lugar de  estacionamento  de inválidos.  Esse foi um grande problema na Ericeira, não tendo dístico não tenho, direito a estacionar nesses lugares.  No entanto pessoas sem invalidez estacionavam, eu sempre disse um dia pode ser que precisem e não tenham.
Todos os dias agora faço um pouco de ginástica movimentos que aprendi no ginásio de fisioterapia e espero deixar as canadianas definitivamente embora, elas tenham  feito parte de muitos minutos nos últimos tempos...

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

... sem fazer nada...

4 semanas, passaram imaginei que já estava a andar sozinha, mas ainda não. Tenho as minhas camaradas canadianas sempre comigo,  sinto-me  mais forte, hoje tentei tirar uma canadiana, mas ainda não dá, não tenho dores na anca mas quando tento fazer força a  lombar reclama.
Estou a recuperar na Ericeira, mar sol e a cabeça já está mais livre. Mas ainda não comecei a fisioterapia, espero começar no próximo mês.
Eu nunca imaginei passar tanto tempo inactiva, eu que invento a cada momento algo para fazer, estou horas sem nada que fazer apenas a deixar passar o tempo.
A hora de começar a trabalhar ainda não chegou, vou ter mais baixa com toda a certeza. É tudo novidade para mim, até estar sem fazer nada...

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Quem me chegue tudo...


Na terça feira podia ir para casa, estava tudo a correr muito bem, e  era hora de desenrascar-me.
 Nem imaginava eu as limitações da minha casa, as minhas limitações, a minha dependência.
Terça e quarta foram dias emotivos. Não estava preparada para ficar  na dependência de ninguém, até para beber um copo de água. As lágrimas chegaram muitas vezes aos olhos, e engolia o orgulho e pedia as coisas.  Tive o meu filho junto a mim até sexta feira, depois o António.
O meu dia era  passado da cadeira em frente à TV para  cama, e da cama para a TV.  Uma chatice para quem nunca precisou de ajuda, para quem o dia era passado a fazer coisas e coisas.
Estive várias vezes à beira de uma grande depressão. Depois,  agarrei-me a pequenas  coisas que podia fazer EU.
Fui improvisando  arranjei um saco para poder transportar algumas coisas comigo.
Também fui à primeira consulta a das 2 semanas, e retiram-me os ponto, estava tudo bem.  embora ainda não possa tomar o tal banho, continuo a lavar-me à gato.
Já tenho um pouco mais de força na perna  e o andar é mais forte. Mas tenho de continuar com as minhas auxiliares, as canadianas.
Quando o Dr. Paulo Rego me disse que a recuperação era à volta de 6 semanas, nunca percebi que serão 6 longas semanas, em que  vou ter de arranjar  maneiras de as passar, sem que a minha cabeça dê um nó.
A verdade é que o calor também não ajuda em nada, as noites são longas...
E continuo a precisar de quem me chegue tudo...


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Boa noticia...

Sexta feira, primeiro dia de cirurgia, estava sempre na mesma posição e  com pouca mobilidade. Acordei bem disposta, alimentaram-me embora eu estivesse sem fome fui comendo o que me traziam, casa de banho é que era mais difícil sempre acompanhada  lá fui algumas vezes. Tinham o alteador, na sanita coisa que eu também já tinha em casa, dá cá um jeitaço. 
Foi bom ser apaparicada, e esse dia senti-me relativamente bem. mudei quarto para um em que estava sozinha, muito mais sossegada. Tinha sobre a minha cama um ecran de TV bem como net. 
As horas foram passando, tentei dormir e descansar. foi um dia de emoções. Algumas visitas. O Dr. Paulo Rego ao fim do dia foi ver-me. estava tudo a decorrer como o previsto. 
A minha cirurgia  tinha decorrido normalmente, com algum atraso pois tiveram que me "cimentar" um pouco o osso pois  perceberam que tinha alguma fragilidade "osteoporose" por falta de movimento, durante anos defendi-me da dor  fazendo com que a perna não tivesse tanto uso. Por isso  estava mais frágil.  E para dar segurança aos parafusos levou um cimentinho. Ok, segundo o médico estava sempre preparado para essa situação.
Sábado 4 da manhã, ehhhh, 5 da manhã ehhhhh... voltei a vomitar-me toda. Desagradável. 
Tiveram-me que me lavar como a um bebé. 
E o dia foi muito longo,  pouco ou nada de apetite, mas sempre  muito acompanhada. 
Durante a noite dormia meias horas acordava tentava outra posição, voltava a adormecer mais meia hora  e repetia-se tudo durante toda a noite.
Domingo foi idêntico ao dia anterior... nada a apontar, o dr. Paulo Rego foi ver-me todos os dias fora de horas.  
A minha movimentação estava melhor, até porque todos os dias tinha também uma fisioterapeuta que me ensinava a fazer algum exercícios que me iriam ajudar a melhorar. 
 Segunda feira veio a boa noticia...

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Manhã seguinte e próximas...

Foram 5 dias e noites  no Hospital da Luz, tratamento  muito atencioso.
Uma equipa jovem, que está lá porque gosta daquilo que faz, sente-se.
Dia 21 ás 16h dei entrada,  um jovem enfermeiro veio ter comigo para me dar todos os conselhos e informações sobre o que se ia passar a seguir. Já deitada na cama com a bata, o jovem pediu-me a mão e ajoelhou-se perto de mim pois queria tirar-me algum sangue. Ainda brinquei  pois nunca ninguém me tinha pedido a mão de joelho no chão. 18 h seguimos pelos corredores  e como ia deitada, era mesmo como nos filmes, vi passar as luzes do tecto. já perto da sala  de cirurgia voltei a ter à minha volta uma equipa muito atenta, fazendo perguntas  repetindo algumas, para ver se eu estava  lúcida.  Aqueceram-me com um tubo tipo aspirador. e fiquei a aguardar  a sentir todos os sons à minha volta. A porta da sala abriu e fechou várias vezes. Finalmente fui empurrada lá para dentro e vi um ecran que tinha a hora de 18h e 42 minutos.  Logo de seguida  uma voz jovem disse que era a minha anestesista e que me ia picar levemente  desejou boa viagem e ainda ouvi que me ia pôr uma mascara... acabou... fui... deixei-me ir...
Acordei já noutra sala, com muita luz no tecto. foi difícil abrir os olhos, mas assim que o fiz senti logo alguém por perto... eram imensas as camas.  O som das máquinas...  disseram-me para respirar fundo...  assim fiz, e sempre que ouvia o piiiiiiii respirava, mais fundo, mas só mais tarde percebi que o piiiiiii  não era da minha máquina.
Senti que ia vomitar e  ouvi dizer que naquele dia quase todos o fizeram. A sala foi ficando cada vez com mais buracos, as camas foram indo para os quartos, eu devo ter sido das ultimas a subir, Logo que me levaram  olhei um relógio  e faltava vinte minutos para a uma da manhã.
Boa estava viva. No meu quarto havia outra senhora que também tinha voltado. Trocamos duas ou três palavras e voltei a dormir.
Na manhã seguinte estava bem não tinha dores, imaginei que me estavam a medicar muito.
Manhã seguinte e próximas...

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Camisa de noite e banhito à gato...

Cada dia que passava e a data se aproximava, era um teste para mim, pensar o que podia fazer para minorar  todas as tarefas de quem depois estivesse comigo.  Mas como nunca passei  por uma situação destas, apenas, fazia suposições, verdadeiras ou falsas.
Vou contar uma grande inquietação que tinha, na minha casa tenho apenas banheira. Como seria pular lá para dentro para tomar banho?????  então a bela da Célia resolveu comprar uma piscina de criança para pôr na casa de banho, só que nunca imaginei e olhem que passei dias de grande calor, que enquanto não tirasse os pontos me era negado o tal banhito, e apenas  tinha direito o banho à gato.
Foram duas semanas  a chapinhar na água.  Além de que andando de canadianas não tinha mãos para mais nada do que agarrar as mesmas. assim o meu banho tinha de ser tomado sentada junto ao lavatório.
Sempre me foi dito que teria de ter camisas de noite para ir para o hospital, oh pá eu odeio camisas de noite há anos que só durmo de pijama com calça ou calção...  então tive de providenciar algumas... Como o dinheiro não abunda por aqui, fui aos saldos  na women secret e á Primark comprei algumas e senti-me muito bem por serem tão bonitinhas.  
Todos os dias que passei no Hospital da Luz   e depois de um rápido chapinhar  vestia um modelito de camisa de dormir e sentia o animo a subir a 200% , tudo por causa de uma simples camisa de noite e de um banhito á gato.

Nada acontece por acaso...

Pois é no hospital público  a lista é enorme.  E tive o bom senso de consultar o meu ortopedista, Dr Paulo Rego, que sem grande drama me disse, quer ser operada por mim no Hospital da Luz  dia 21 de Julho????
As emoções  falaram alto, porque não!  Tenho um seguro de saúde vamos ver o que contempla.  E avancei. Foi a melhor coisa que fiz, sem dúvida.
De uma data incerta passei a ver o  dia 21 de Julho como algo certo.
E agora? Com tudo mais arrumado na minha cabeça, começo a  pesquisar na Net tudo sobre a cirurgia.
Atenção não se pode  dar ouvidos a tudo,  pois passei por isso e andava completamente perdida.
É como tudo, temos de ser nós a tirar as nossas conclusões.
Mas há uma falha  sobre o assunto, com experiências de  pessoas que passaram por esta cirurgia.
Por isso aqui estou eu a dar o meu contributo sobre o assunto.
Assim nada acontece por acaso...

Antes de...

Este foi um ano cheio de  noticias menos boas, a marcação da cirurgia à anca foi uma delas.
Fiquei em lista de espera, no hospital Curry Cabral, em Fevereiro.
Depois de fazer os exames respectivos, aguardei, cada vez mais ansiosa.
Já que não podia fugir a sete pés,  toca a pensar como contornar  a situação sem grandes  sofrimentos.
Osteopatia foi o passo seguinte. Tentar  fortalecer-me...
 Logo a seguir porque andava bem ansiosa fui tirar o 1º nivel de REIKI.
Ajuda, até na respiração.
Bom isto tudo foi antes de...